Autor: Pedro Vasconcelos

  • Afinal, qual investimento compensa mais: pedais ou pedaleira?

    Afinal, qual investimento compensa mais: pedais ou pedaleira?

    Talvez essa seja a briga mais clássica do mundo da guitarra.

    Baseado na minha experiência, o lapso de tempo entre você adquirir o primeiro instrumento e começar a pensar em equipamentos é muito rápido.

    Ganhei minha primeira guitarra aos 15 anos, uma Gianinni Strato vermelha. Não tinha amplificador e ligava ela no som da sala de casa. 

    Quando liguei, logo percebi que o som que ouvia nos discos não era o mesmo que conseguia tirar na prática, foi quando um amigo me apresentou um pedal de distorção.

    Já era: minha missão de vida passou a ser conseguir comprar um negócio daqueles. Contei esse pequeno relato pois é o que acontece com muita gente.

    Demorou bastante para eu conseguir comprar, mas fui de pedaleira. Uma Zoom 606. Um amigo havia me dito que seria mais legal (e mais barato) comprar um multi-efeitos. Ele estava certo.

    Se você começou a tocar há pouco tempo e está com essa dúvida, vou te dar alguns motivos para preferir uma pedaleira ao invés de pedais, pelo menos nesse começo:

     

    1. Preço

    Você vai gastar bem menos numa pedaleira de entrada. Na minha época, as pedaleiras para iniciantes eram bem simples, chegando a ser ruins. As mais modernas eram bem inacessíveis. Atualmente você consegue comprar muita coisa boa, honesta mesmo, por preços muito bons. Ainda mais se você recorrer ao mercado de usados.

    Com relação aos pedais, o investimento é maior. Para ter um afinador, um overdrive, um delay e um chorus, você já vai passar fácil dos mil reais. Isso levando em consideração que estou calculando valores com pedais baratos .

     

    1. Curva de aprendizado

    Essa é a maior vantagem das pedaleiras para quem está começando.

    Nela você pode aprender sobre o que é cada coisa. Drive, distorção, delay, chorus, flanger, phaser, wah, filtros, equalizadores, simuladores de amp, caixas, microfones… Enfim, é uma unidade que reúne todas as coisas que você precisa saber. A partir dela você começa a estabelecer seus gostos e a descobrir o que não serve para você.

     

    Descobrindo tudo isso e aprendendo sobre tudo, você começa a ter parâmetros para mergulhar no extenso mundo dos pedais, sabendo escolher o que te serve ou não.

     

    1. Transporte e Flexibilidade do uso.

    Melhor transportar uma coisa só do que várias, concorda?

    Num pedalboard de pedais individuais, além de cada pedal, você terá que carregar fontes, cabos, case, etc. Com uma pedaleira, você só precisa de dois cabos e o próprio equipamento. É mais fácil de ligar, levar, usar.

    Além disso, as pedaleiras atuais contam com recursos que são uma mão na roda. A maioria delas conta com Impulse Response (ferramenta de simulação de falantes e microfones), simuladores de amplificador altamente fiéis, entradas USB para edição no computador e algumas funcionam até como placa de áudio.

    Tudo isso serve para você gravar, experimentar, conhecer. Para quem está começando é como se fosse um bom curso de aprendizado.

    As pedaleiras maiores e mais caras possuem recursos a perder de vista. São usadas por músicos experientes pela praticidade e fidelidade sonora. O mercado digital chegou muito próximo da perfeição que encontramos nos equipamentos valvulados e analógicos. 

    Obviamente que nem tudo são flores, existem coisas negativas nas pedaleiras. Essas coisas não são relevantes para quem está começando, por isso não as citei. 

    Eu prefiro pedais por vários motivos, mas eu já passei pela fase onde aprendi demais usando pedaleira. Até pouco tempo atrás eu mantinha uma no meu set, em casa, mesmo tendo um board de pedais. Por isso, acho quase que obrigatório todo guitarrista passar por essa fase.

    Se você já tem sua guitarra e está pensando nos efeitos, considere bastante adquirir uma pedaleira. É um ótimo investimento para você aprender e desenvolver suas preferências.

     

    Pedaleiras com bom custo-benefício:

    Nas lojas online, são várias as opções de pedaleiras de guitarra com bom preço e qualidade. Separamos alguns na Amazon que vale a pena conferir:

    1ª) A primeira é a Tank G, que vem com Chorus, Boost, Flanger, Overdrive, Delay, Vibrato, Reverb, Tremolo, 36 presets e é levinho, pesando pouco mais de 600 gramas.

    Clique na imagem abaixo para conferir ou acesse por aqui.

    2ª) Outra opção incrível é essa belezinha da renomada marca Zoom, uma das preferidas dos clientes da Amazon: a G1 Four!

    Ela vem com 71 efeitos de guitarra embutidos e modelos de 13 amplificadores, looper de 30 segundos, 68 padrões de ritmo incorporados, entrada de guitarra padrão, entrada auxiliar para reprodutores de áudio externos e saída de amplificador/fone de ouvido.

    Ou seja: é um mini-estúdio para você tocar sua guitarra com várias combinações de timbres e efeitos. Confira aqui ou clique na imagem abaixo.

    Vale conferir esse vídeo review também em que o nosso parceiro Ozielzinho, do curso Guitarra Rock Academy (conheça aqui) mostra alguns dos presets e como gravar no Zoom G1. Confira:

  • 5 apps de guitarra fundamentais para estudar

    5 apps de guitarra fundamentais para estudar

    Em tempos de muitas tecnologias que sugam nosso tempo, algumas delas chegaram para nos ajudar. Saber usá-las da forma certa, acredite, pode te fazer ir mais longe, mais rápido.

    Segue abaixo uma lista com 5 apps e programas que considero fundamentais:

     

    1 – Guitar Pro

    Fácil de achar na internet e fundamental ao estudo do instrumento. Quando o assunto é tirar músicas para uma Gig ou estudar uma parte difícil de uma música que queremos tirar, esse programa é essencial.

    O programa em si é um editor de tablaturas e partituras voltado à guitarra mas que pode ser usado para outros instrumentos de cordas tranquilamente.

    Alguns prós: Fácil de usar, muitas funcionalidades para aprimoramento de timbre e até acompanhamento de outros instrumentos (baixo, bateria, etc.) além de contar com afinador, dicionário de acordes e todo tipo de aspecto que facilita o estudo.

    Com certeza o Guitar Pro é o software com maior quantidade de músicas escritas em tablaturas da internet. É interminável! Basta acessar um site onde estão dispostas as músicas e exportar para o seu PC. Acesse AQUI.

     

    2 – Transcribe

    Outro poderoso aliado para o estudo. Nesse caso, para tirar músicas, principalmente de ouvido ou transcrever o que estamos ouvindo.

    Com esse app podemos diminuir a velocidade das músicas sem alterar seu tom.

    Isso é ótimo para tirar solos e partes difíceis. Diminuir a velocidade e prestar atenção na dinâmica, na técnica, na palhetada, etc.

    Se o assunto é tirar músicas, tenha esse app.

     

    3 – Metronome 

    Cedo ou tarde você vai perceber a utilidade de um bom metrônomo.

    Há que odeie estudar com ele sob a alegação de que torna o play mecânico demais.

    A verdade é que, se você estuda bem e foca no progresso, vai entender que precisa de um metrônomo principalmente para trabalhar a clareza da execução, compreender toda a parte rítmica e progredir na velocidade ao tocar.

    No início parece enfadonho, mas não desista.

    Faça um teste: tente tocar o que você já executa rápido num BPM 50% menor. Certamente você vai notar de imediato as falhas na sua técnica.

    Se você quer refinar seu modo de tocar, tenha um metrônomo sempre à mão. Esse que indiquei é para celulares Android ou IOS e conta com os recursos necessários. Faça o download AQUI.

     

    4 – Afinador

    Nem sempre a gente estuda ligado no pedalboard né?!

    Por isso uso esse app do cifra club que entrega um afinador bastante fiel, que funciona pela captação das vibrações das cordas.

    Manter o instrumento afinado é sempre importante.

    Já diz o ditado: “guitarrista é um bicho que passa metade do tempo afinando o instrumento e a outra metade tocando com ele pensando que está afinado” (rsrs).

     

    5 – All Chords

    Dicionário de acordes. Você precisa ter acesso a um.

    Lembre sempre disso: a harmonia precede o solo. 

    Saber a “cama” onde estamos nos deitando é fundamental.

    Já vi guitarristas bastante técnicos se perdendo em músicas de três acordes.

    Não fique só treinando técnica, subindo e descendo escala… ESTUDE ACORDES.

    Use esse App para aumentar sua gama de conhecimento. Saia dos acordes simples e procure cada vez mais implementar a sua música, sons mais complexos. Um dicionário de acordes ajuda muito na hora da dúvida ou do esquecimento.

    É isso, gente. Espero que essas dicas adicionem praticidade ao estudo de vocês! 

     

  • 6 guitarristas de Recife que você precisa conhecer

    6 guitarristas de Recife que você precisa conhecer

    A cena musical do Recife sempre foi efervescente e berço de guitarristas cujas notas ressoam além das fronteiras.

    Nessa cidade rica em diversidade cultural, artistas como Cacau Santos, Lúcio Maia, Luciano Magno, Fred Andrade, Robertinho do Recife e Cauê Cury moldaram uma tapeçaria sonora única. A importância dessa cidade para a cena dos guitarristas brasileiros é inegável, catalisando influências que transcendem gêneros.

    Desde o virtuosismo de Cacau Santos no gospel até a experimentação de Lúcio Maia na Nação Zumbi, cada artista contribui para a vitalidade e riqueza da música brasileira.

    Em meio a ritmos regionais, harmonias inovadoras e técnicas excepcionais, esses músicos do Recife elevam o padrão e inspiram uma nova geração de talentos.

    Explore conosco as histórias e os sons de seis guitarristas que representam essa cidade vibrante, onde a guitarra se torna um elo entre tradição e inovação:

    1. Cacau Santos

    Talvez um dos mais conhecidos. Atualmente é um dos guitarristas mais aclamados no setor gospel brasileiro.

    Nascido em 25 de Maio de 1978, o guitarrista Recifense de 42 anos chama atenção pelo exímio domínio técnico do instrumento, com destaque para sua mão direita extremamente precisa e sua forma de pensar ritmos aplicados à guitarra, o que pra mim é sua identidade musical mais forte.

    Começou a tocar muito cedo, aos 4 anos de idade, quando ganhou um cavaquinho de sua mãe. Depois disso, foi estudar música no conservatório Pernambucano, onde logo se destacou em meio a outros músicos.

    Tocou com Alceu Valença, SpokFrevo Orquestra e Quinteto Violado, mas explodiu para o Brasil quando passou a tocar com o Thalles Roberto, artista gospel bastante conhecido nesse meio nacionalmente.

    Além desses, tocou com Leonardo Gonçalves, Paulo César Baruk, Raíz Coral, Eli Soares, etc.

    Pesquise alguns vídeos dele e se surpreenda com a maneira como ele enxerga a guitarra. Considero algo bem distinto da maioria dos guitarristas. Talvez por isso ele se destaca tanto.

    2. Lúcio Maia 

    Nascido em Recife, em 19 de Março de 1971, Lúcio ficou famoso como guitarrista da Nação Zumbi, grupo precursor do gênero mangue beat e conhecido mundialmente pelo trabalho singular que realiza até hoje.

    Já foi eleito, por revistas especializadas, o melhor guitarrista do Brasil por sete vezes.

    Lúcio é um guitarrista que se destaca. Criativo com um toque de experimentação em seus sons, suas partes de guitarra são sempre marcantes.

    Já participou de muitos projetos além da Nação Zumbi e seus 10 álbuns. 

    Possui três trabalhos solo: Homem binário (2007), Mundialmente anônimo (2010) e Lúcio Maia (2019).

    Já participou de duas produções da banda Soulfly de Max Cavalera: Soulfly (1998) e Tribe (1999). Seu Jorge e Almaz foi também um belo projeto que ele participou no ano de 2010.

    Além dos discos, o Lúcio também participou da gravação de trilha sonoras de filmes como Baile Perfumado (1996), Amarelo Manga (2002), Besouro (2009), etc.

    3. Luciano Magno

    Nascido na Bahia (em Paulo Afonso) mas radicado no Recife. Por isso não podia faltar nessa lista!

    Luciano Magno é guitarrista, compositor, arranjador, cantor e produtor musical bastante conhecido na região.

    Não se engane. Mesmo tendo tantos atributos o Luciano é um virtuose da guitarra e se destaca muito no instrumento. Principalmente pelo elemento da brasilidade presente no seu play. Sua música passa pelo frevo, samba, bossa, baião e choro.

    Possui vasta experiência internacional. Portugal, Espanha, França, Suíça, Holanda, Dinamarca, etc. Sempre levando a regionalidade em sua bagagem.

    Em 2011, foi o ganhador de um concurso de música carnavalesca em Recife com seu frevo instrumental “pisando em brasa”.

    Se você gosta de ouvir a guitarra em gêneros regionais, é esse o guitarrista que você precisa ouvir.

    4. Fred Andrade

    Fred é outro cara que merece ser descoberto. Destaco nele a delicadeza com que toca melodias muito bonitas. Algo raro de se ver hoje em dia.

    Já tocou com nomes como Elba Ramalho, Lenine, Heraldo do Monte, Quinteto Violado, Dominguinhos e Lula Queiroga. 

    Em seu projeto solo, lançou os álbuns Ilusões à granel (2000), Guitarra de rua (2005), Farra de Anjo (2006), Pele da Alma (2009), Sacrifício pela fé (2015) e Infinito (2017).

    Em outro projeto denominado Mandinga, um trio formado por ele, Ebel Perrelli (bateria) e Hélio Silva (baixo), lançou um disco (Mandinga, 2002) e um DVD de mesmo nome, em 2012.

    Fora o trabalho como compositor, guitarrista e violonista, Fred também já participou da gravação de inúmeros jingles e trilhas, tendo vasta experiência no assunto. Ele ainda trabalha como professor de música há muito tempo. Sendo muito reconhecido também, por esse aspecto.

    5. Robertinho do Recife

    Natural do Recife, nasceu em Novembro de 1953.

    Já foi considerado muitas vezes um dos melhores guitarristas do Brasil. Transita por gêneros bem distintos. Metal, Forró, MPB, Frevo… Toda essa bagagem diferente foi obtida enquanto era músico de estúdio, onde gravava com muita gente diferente.

    Teve uma vasta experiência internacional também. Já participou de shows e gravações com George Martin, Andy Summers, Phil Collen (Def Leppard), Peter Tosh e Deep Purple, entre muitos outros.

    Nacionalmente conhecido como membro fundador do Yahoo e guitarristas de inúmeros artistas: Zé Ramalho, Hermeto Pascoal, Sivuca, Elba Ramalho, Raimundo Fagner, Zeca Baleiro, Luiz Caldas, Frank Solari, Pepeu Gomes… para falar apenas de alguns.

    Aos 12 anos de idade já era considerado um prodígio no instrumento, o que o levou a receber diversos convites para integrar bandas de boates. Obviamente, ele não podia participar por causa da idade, mas os convites revelavam sua capacidade como músico, mesmo sendo tão jovem.

    Nos anos 1960 acompanhou artistas da Jovem Guarda. Nos anos 1970, foi aos Estados Unidos, tocando com muita gente, em estilos variados.

    No fim da década de 70, voltou ao Recife, onde foi estudar teologia e tocar em igrejas, onde foi visto por Fagner. Foi a partir disso que sua carreira acompanhando diversos artistas começou.

    Até hoje se mantém ativo no instrumento e é um artista que vale a pena demais conferir!

    6. Cauê Cury

    O Cauê é natural de São Paulo mas resolvi colocá-lo na lista por dois motivos:

    Ele é radicado no Recife há muito tempo e foi meu primeiro professor de guitarra.

    A primeira vez que ouvi falar dele foi por um amigo que teve aulas com ele, o ano era 2007. Assim que pude, o procurei pois esse mesmo amigo estava desenvolvendo-se muito rápido no instrumento e eu também queria isso para mim.

    Comecei as aulas e passei cerca de 6 meses estudando com ele. O que me chamou atenção no Cauê, além de ser um cara muito gente boa, foi a didática no ensino e a facilidade com que executava técnicas na guitarra.

    Eu sempre dizia que ele faz parecer fácil o que é difícil de executar.

    Começou a tocar aos 11 anos e teve aulas com Juninho Afram, Alexandre Bicudo (outro grande guitarrista recifense) e Michel Perié. 

    Nos anos 90 ficou conhecido como guitarrista da banda de rock gospel Candelabro, onde participou de diversas turnês pelo Brasil.

    Já foi assunto das principais revistas de guitarra do País e lançou um ótimo disco solo em 2009 intitulado “Perfect Time”.

    Além de atuar como professor, Cauê participa de vários Workshops e Masterclasses pelo Brasil e atualmente acompanha, como sideman, o cantor Nando Cordel.

    E aí, quais os outros guitarristas do Recife que não podem faltar na lista? Comente abaixo!

  • 5 Fundamentos teóricos que todo iniciante precisa saber

    5 Fundamentos teóricos que todo iniciante precisa saber

    Dificilmente começamos a tocar um instrumento pelo apego à teoria musical, concorda? Eu mesmo, quando comecei, nem imaginei que havia tantas coisas para estudar.

    Iniciei muito cedo, aos 11 anos de idade. Meu primeiro instrumento foi a bateria e a transição para violão e depois guitarra se deu entre os 14 e 15 anos.

    Estou falando isso para justamente introduzir o primeiro ponto à partir da minha própria experiência:

     

    1. Saiba que estudar teoria é fundamental!

    Não cometa o mesmo erro que cometi por anos. Estude. Quanto antes começar, melhor.

    Mesmo quando estudava e tocava bateria na igreja, não queria saber muito de teoria musical. Foi meu próprio professor que identificou isso e disse: “Tá bom. Se você não se importa com teoria, vou te ensinar a ser um músico prático…”.

    Gostei bastante disso. As aulas passaram a ser apenas tocar, aprender novos ritmos e técnicas. Saindo da bateria para a guitarra foi ainda pior. Tive apenas 6 meses de aula de violão e depois fiquei por conta própria.

    Passei a praticar só o que queria e gostava, sendo omisso nos estudos e ficando com várias lacunas de conhecimento na minha formação musical.

    Só aos 21 anos que fui ter aulas de guitarra e vi como perdi tempo e quanto estava defasado. Portanto, minha primeira dica é: ESTUDE TEORIA MUSICAL!

    2. Pratique estudos rítmicos

    Este é um ponto que até guitarristas experientes deixam passar. 

    Muitos estudam guitarra com os olhos voltados aos solos e técnicas virtuosas, se esquecendo de como é importante saber tocar no tempo certo, como é fundamental ter precisão de mão direita (ou esquerda caso seja canhoto) e como se encaixar musicalmente nos compassos, pausas e partes.

    Estudar ritmos e saber executar diferentes levadas no instrumento é fundamental e parte desse exercício é escutar estilos variados.

    3. Sincronize suas mãos

    Existem muitos aspectos que eu poderia citar aqui mas dar esse toque a você é de fundamental importância. Ainda por conta da predominância da melodia e dos solos em detrimento do ritmo, nossa mão esquerda (ou mão da escala) geralmente é mais precisa do que a mão da palheta.

    A prova disso é quando você precisa executar uma parte mais rápida ou complicada e a mão da escala vai enquanto a mão da palheta não consegue acompanhar.

    Estude técnicas para ambas. Não deixe a precisão de sua mão direita ser prejudicada pela falta de prática.

    4. Domine os intervalos e memorize padrões de escalas

    Aprender sobre escalas e seus intervalos é algo que você fará o resto da sua vida como músico. Disso dependerá tudo!

    Decore os principais intervalos, cada grau, cada acidente.

    Memorize também o padrão das escalas mais utilizadas. Maior, menor, pentatônicas maior e menor, a sonoridade dos modos e saiba tocá-las em, ao menos, 3 regiões diferentes pelo braço da guitarra.

    Isso vai te ajudar a pensar rápido e improvisar melhor.

    5. Estude campo harmônico

    É a estrutura por trás de tudo. É o que direciona. Sem conhecer a harmonia, não se faz uma boa melodia. Saiba reconhecer os acordes de um campo harmônico. Eles se originam em uma escala e são produzidos a partir da nota fundamental da mesma.

    Conhecendo o campo harmônico de uma canção, você passa a se sentir seguro para improvisar, sabendo para onde a música vai caminhar. Comece pelo estudo do campo harmônico maior e aumente o nível conforme sua evolução.

    Com essa base de conhecimentos bem feita, você pode começar a pensar em tudo que vem depois. Técnicas, percepção, repertório, prática em grupo, compassos alternativos, etc. Só não deixe de fazer o básico.

    Para se aprofundar nos demais estudos fundamentais da guitarra, nossa sugestão é investir no curso de guitarra de melhor avaliação no Brasil: o Guitarra Intensiva, do professor Rodrigo Ferrarezi.

    Para saber mais detalhes, clique aqui:

  • Escalas de guitarra: afinal, quantas existem e pra que servem?

    Escalas de guitarra: afinal, quantas existem e pra que servem?

    Se você está iniciando os estudos da guitarra, é provável que tenha seguido o ritual padrão: googlar bastante sobre o assunto e se deparar com termos do vocabulário do instrumento.

    Inevitavelmente, você vai encontrar um monte de músico e professor dedicando-se a abordar um assunto obrigatório: as escalas, principalmente as mais conhecidas, como a pentatônica.

    Mas, antes de tudo, vamos ao elementar: afinal, o que é uma escala musical?

    MB Guitar Academy - Essencial

    Trata-se de uma sequência de tons ordenados pela frequência vibratória do som, geralmente do mais grave para o mais agudo. Cada escala respeita uma estrutura intervalar que, na prática, traz intenções à música tocada.

    E as escalas são inúmeras. Imagine a música como manifestação artística de várias culturas ao redor do mundo e de várias épocas distintas.

    Cada país, cultura, civilização, época e costume, possui sua relevância e contribuição para a música. Para os egípcios de um jeito; para os japoneses, de outro. Mas com toda essa identidade atrelada sempre à cultura.

    Afunilando mais o assunto, podemos falar sobre escalas musicais mais utilizadas na música ocidental e ainda mais, quais as mais utilizadas na guitarra.

    Para exemplificar, vamos usar escalas que são usadas atualmente com frequência:

    Quatro principais: Escalas Cromática, Maior, Menor e Pentatônica (ou chinesa).

    Derivando da escala menor, temos: a Menor Natural, A Menor Melódica e a Menor Harmônica.

    Veja este vídeo com as dicas do guitarrista do Angra, Marcelo Barbosa – também professor do curso MB Guitar Academy (conheça AQUI), sobre a Escala Maior para se inteirar mais sobre o assunto:

    Outro uso bastante comum são os modos gregos, litúrgicos ou eclesiásticos: Jônio, Dórico, Frígio, Lídio, Mixolídio e Eólio. Cada qual com sua sonoridade e aplicabilidade que leva a música numa direção e intenção.

    Para não ser tão profundo, ainda podemos citar de forma superficial a escala hexafônica (tons inteiros) e as dezenas de escalas exóticas (árabe, cigana e de outras culturas).

    E quantas escalas existem?

    Saber quantas escalas existem não é fundamental. A não ser pelo conhecimento histórico do tema. O que é necessário é saber a aplicabilidade prática de cada escala que você conhece.

    No início, é comum aprendermos a escala maior, a menor natural e as pentatônicas.

    Comum também é sermos apresentados aos modos gregos. São 7, cada um com seus intervalos, formatos de digitação e aí, entramos num caminho perigoso: O de decorar padrões de escalas e não a sonoridade de cada um.

    Vamos continuar com o assunto dos modos gregos. Cada um tem uma nota X que o diferencia do primeiro modo, o jônio (escala maior), trazendo para cada um deles, um som (ou sabor) diferente.

    O pulo do gato está aí. Saber usar cada escala ou modo para dar o “sabor” que você deseja a sua música, claro, levando sempre em conta o campo harmônico e outros aspectos.

    Tive um professor que me disse:

    “É melhor você saber aplicar muito bem a escala pentatônica em sua música, usado para criar climas, riffs e licks, do que ter 1000 desenhos de escalas diferentes na cabeça, sem saber aplicar.”

    Por falar em pentatônica, vale a pena assistir também a este aula do Marcelo Barbosa sobre o tema. Nele, o professor do curso MB Guitar Academy (conheça AQUI) aborda os fundamentos essenciais que você precisa saber sobre a “penta”:

    Conclusão

    Se você está começando, vá pela base: Escalas Maior, Menor Natural e Pentatônica. Te garanto que “só” isso já te demandará muito tempo e dedicação para adquirir o conhecimento.

    Depois, estude os modos. Saiba diferenciar e usar cada um deles nas situações. Não os veja apenas como padrões de digitação.

    Depois, comece pelas escalas que te chamam mais atenção.

    Por exemplo, eu gosto bastante de uma banda de metal americana chamada Lamb of God. A banda que tive era muito inspirada por eles.

    Nas minhas músicas, eu tentava reproduzir aquelas intenções que ouvia no disco mas não conseguia. Me faltava conhecimento técnico. Saca só que porrada é o som dos caras:

    Então. Resolvi parar para analisar os riffs da banda, pegando os intervalos e chegando nas escalas usadas. De início fiz isso com meu professor da época.

    Foi aí que percebi que eles usam muito escalas menores harmônicas e melódicas. Então, fui atrás de estudar essas escalas para incorporar no meu som.

    O estudo de escalas musicais é também um estudo de cultura das civilizações. Algumas são feias e esquisitas para nós, ocidentais. Outras são escalas com 17 notas! Pesquise e veja o que cabe na sua música.

    Ah, e manda esse blog post praquele amigo que cisma em aprender todas as escalas! TMJ!

     

     

  • Os 5 passos essenciais para tirar músicas de ouvido

    Os 5 passos essenciais para tirar músicas de ouvido

    Todo mundo que toca violão ou guitarra certamente já passou por isso: conhecer uma música legal e querer aprender a tocá-la de imediato, até acompanhando junto com o áudio que está sendo reproduzido.

    Mas, claro: tirar músicas de ouvido não é tão simples quanto parece. É necessário um conhecimento básico de teoria musical aliado a uma boa percepção auditiva.

    Mesmo assim, até quem já toca há muito tempo as vezes não consegue tirar as músicas apenas na base da audição.

    Vou tentar trazer aqui algumas dicas para simplificar esse processo. Se liga!

    1. Prefira músicas que você já conhece

    Quanto mais conhecida for a música, mais fácil será tirá-la de ouvido. Isso ocorre pelo simples fato de você já possuir familiaridade com a canção.

    Você provavelmente já conhece toda a estrutura da música e as dinâmicas que ocorrem durante sua execução. Isso já ajudará boa parte do processo.

     

    2. Escolha canções adequadas ao seu nível técnico

    Lembro que quando comecei a ouvir rock/metal progressivo, principalmente Dream Theater, ficava tentando copiar os riffs enquanto ouvia as músicas.

    Acontece que o nível de dificuldade melódica, harmônica e técnica da banda é muito alto, algo que não dá pra aprender assim, do nada.

    Dream Theather definitivamente não é pra principiantes

    Lembro que pouco depois entrei em contato com as tablaturas das músicas que estava tentando tirar de ouvido e percebi que havia nuances que eu não tinha captado: afinações alternativas, compassos diferentes do usual, guitarras de 7 cordas, etc…

    Percebi que não dava para tirar essas músicas de qualquer jeito. Existe um preparo de conhecimento que você precisa ter.

    Então, escolha músicas menos complexas para treinar seu conhecimento teórico e perceptivo.

     

    3. Tente identificar a escala

    Partes cantadas e solos (melodias) seguem uma espécie de princípio sequencial de notas, chamado escalas.

    Conseguindo identificar essas escalas dentro de uma música, você passa a ter um campo de visão e atuação menor, de 5 a 7 notas, ao invés das 12 possibilidades (todas as notas musicais).

    Para isso, você precisa ter um conhecimento prévio e, sabemos que o estudo de teoria musical deve ser feito em conjunto, uma coisa precisando da outra. Então, vá fundo e estude escalas!

     

    4. Você precisa entender sobre campo harmônico

    Partindo da tonalidade da música, temos uma sequência de 7 acordes.

    Entendendo isso, é extremamente mais simples descobrir quais são os acordes de uma canção pois, o contrário disso seria procurar aleatoriamente entre cerca de mais de 60 acordes (maiores, menores, diminutos, meio diminutos, aumentados, etc.).

    O estudo dos campos harmônicos ajuda a facilitar esse processo.

    Veja: nada funciona de forma isolada. Para tirar músicas de ouvido de uma maneira certa e eficaz, é preciso usar de muitos outros conhecimentos teóricos.

     

    5. Pratique por trechos

    Sabemos que uma música possui várias partes. Introdução, estrofes, refrão, passagens, solos. Se você desmembrar cada parte dessas e tentar tirar uma de cada vez, seu trabalho será mais objetivo.

    O processo, para ser feito de forma correta, é lento. A progressão ocorre à medida que seu referencial teórico cresce e sua percepção aumenta. Isso se dá com treino.

    Portanto, treine bastante. Tenha o ato de tirar músicas de ouvido com uma espécie de estudo de percepção musical.

    Isso deve fazer parte do seu roteiro semanal de estudos e pode acreditar, vai te ajudar muito na prática do dia-a-dia.

    Como dito no início do artigo, tirar músicas de ouvido exige certo conhecimento e, mesmo assim, dependendo do nível de complexidade da canção, até músicos experientes terão dificuldade.

    É o caso do guitarrista do Angra, Marcelo Barbosa, professor do MB Guitar Academy Essencial (conheça aqui). Recentemente Barbosa gravou um vídeo explicando qual a sua arma secreta para tirar músicas de ouvido. Dá uma olhada:

    Espero que as dicas facilitem os seus estudos, que ficam mais divertidos quando pegamos músicas para aplicar a parte teórica, claro.

    E para você, qual o método ideal para tirar músicas de ouvido? Conta abaixo! 👇👇👇

     

  • Aprenda como usar backing tracks para evoluir na guitarra

    Aprenda como usar backing tracks para evoluir na guitarra

    Sem dúvidas, uma das melhores formas de colocar em prática o estudo de escalas, progressões, improvisos e arranjos é usar backing tracks.

    Na verdade, essa é a melhor saída para quem não tem uma banda pois, se tem algo que amadurece o play de um músico é tocar com outros músicos.

    Mas, afinal:

    1. O que são backing tracks?

    São arquivos em áudio onde se retira a faixa de um determinado instrumento.

    Sim, pode ser qualquer instrumento. Baixo, bateria, sax e até vocal.

    O intuito é que você, músico, possa completar a faixa que está faltando. O objetivo é te colocar num ambiente de banda para praticar.

    Apesar dos backing tracks não substituírem uma banda de verdade, é o mais próximo que podemos chegar de praticar com uma.

    1. Como usar as backing tracks para guitarra?

    Basicamente, temos duas maneiras. Uma old school e outra mais moderna (ou apropriada), por assim dizer:

    A) Usando um aparelho de som separado junto com seu equipamento de guitarra (amplificadores ou afins)

    Fiz isso a vida toda e ainda faço. Seja usando o computador ou um som de pequeno porte, ao qual posso ligar meu celular por meio de um cabo auxiliar.

    O YouTube está repleto de vídeos com ótimas backing tracks. Em todos os tons e estilos musicais variados.

    Há também a possibilidade de baixar muitos arquivos de áudio, já editados para usar com guitarra em vários sites. Basta procurar por ‘baixar backing tracks’ no Google.

    A parte ruim desse modo de prática é que, provavelmente (e falo por experiência própria), você vai incomodar muita gente por conta do barulho e consequentemente, não vai poder tocar à noite.

     

    B) Plugando a guitarra no computador

    Para isso, é necessário ter uma interface de áudio para conectar guitarra e computador.

    Essa é a solução perfeita pois você terá domínio do volume, vantagem de poder usar plug-ins, gravar seu estudo, usar um player dedicado apenas ao backing track, usar fones de ouvido e, por isso, tocar em qualquer horário sem incomodar ninguém.

    Uma alternativa ao uso dos computadores é o uso dos celulares. Temos atualmente uma vasta gama de plug-ins e apps para telefone que podem tranquilamente serem usados, deixando a experiência ainda mais facilitada. 

    O iRig é o mais conhecido deles, mas há muitos outros, inclusive gratuitos, é só pesquisar. No máximo você terá de adquirir um equipamento que aceite o plugue da guitarra e pronto, é só começar.

    Recentemente, o guitarrista Rodrigo Ferrarezi, professor do GUITARRA INTENSIVA (Clique aqui para conhecer) – que aliás oferece mais de 300 backing tracks bônus aos alunos – gravou um vídeo resumindo as dicas acima e explicou como pesquisar suas backing tracks conforme suas preferências (por banda, tonalidade, etc). Confira:

     

    1. E os benefícios das backing tracks?

    São muitos!

    Desenvolver seu improviso, aperfeiçoar ritmo e precisão, melhorar técnicas e saber como é usá-las no contexto coletivo, ou seja, de uma banda, ampliar seu repertório, etc.

    Um outro ótimo benefício é poder repetir o quanto quiser, testar até cansar e não ouvir reclamações dos seus parceiros de banda. Esse é um grande trunfo desse tipo de ferramenta.

    Você pode tocar até estar seguro, sem se importar com os integrantes da sua banda. Já fiz muito isso!

    Uma boa dica é começar com músicas simples e melodias mais fáceis. Aprenda a se encaixar no contexto das canções. Saiba a hora de tocar os acordes e a hora de tocar riffs e solos.

    Em resumo: praticar com backing tracks só vai te fazer um músico melhor. Tenha isso como um costume semanal. Com pouco tempo você verá o quanto evoluiu.

    Conta aí: você já faz uso desse recurso? Quais os seus sites preferidos de backing tracks?

     

  • 10 lições que eu aprendi em 18 anos estudando guitarra – e que serão úteis para acelerar o seu aprendizado

    10 lições que eu aprendi em 18 anos estudando guitarra – e que serão úteis para acelerar o seu aprendizado

    N. do e.: Estamos estreando um novo redator no Aprenda Violão e Guitarra: Pedro Vasconcelos, guitarrista de Recife e integrante da pesadíssima banda Pródigo. Ele também escreve no Guitarlogia e tem muito a compartilhar da sua experiência de quase duas décadas tocando guitarra. Ah, ele ilustra a foto principal deste artigo. Seja bem-vindo, Pedro! 

    —-

    Com o passar do tempo e com a experiência, acumulamos muitos aprendizados úteis para o instinto e para as escolhas do que fazer e o que deve ser evitado.

    Entre erros e acertos, eu consegui elencar 10 dicas que considero fundamentais para quem busca se aprimorar na guitarra/violão.

    Essas são orientações que eu gostaria de ter recebido quando comecei a tocar e que certamente teriam facilitado muito a minha vida e a minha caminhada musical!

     

    Segue a lista:

    1. Tenha um objetivo por vez

    Tenha em mente que aprender algo novo, por si só, já é uma tarefa desafiadora.

    Não tente abordar vários temas de uma vez.

    Precisa aprimorar sua velocidade? Programe-se para estudar isso por um período. Improviso? Faça o mesmo.

    Se apegue a um assunto e estude-o do começo ao fim. Sempre levando em conta a sua necessidade prática.

     

    2. Economize tempo

    Quando for estudar, mesmo que seja apenas por 30 minutos, desligue tudo que possa te fazer perder o foco.

    Se for usar computador ou celular no seu estudo, use-os apenas para o estudo.

    Temos a tendência de nos perder com redes sociais e conversas paralelas. Cuide para que isso não aconteça e faça dos 30 minutos que você possui os melhores possíveis.

     

    3. Grave o que você toca

    É estranho no começo. Principalmente porque seus erros vão pular da tela.

    Se gravar tocando é um ótimo exercício de autocrítica.

    Sabe aquela música que você está a um tempo tentando aprender? Sempre que for tocá-la, pegue seu celular e grave. De preferência, em vídeo.

    Quando você acertar os pontos e fazer correções, vai ver como fazer isso te ajuda a evoluir nos detalhes.

     

    4. Tenha um local de estudo

    Isso parece bobagem, mas não é.

    Muitas vezes a gente deixa de estudar por pura preguiça de arrumar nosso equipamento.

    Quando comecei a tocar, um amigo mais velho me disse para ter um canto de estudo já montado, onde eu ponha o cabo na guitarra e ligue o interruptor do amplificador e pronto.

    Fiz exatamente isso. Quando pensava em estudar, já estava com a guitarra na mão.

    É só uma questão de tornar mais fácil e viável sua trajetória.

     

    5. Se esforce até conseguir

    Guitarra e violão são instrumentos incríveis, mas por vezes precisamos enfrentar barreiras que dependem de muito treino, repetição e insistência.

    Lembro que sempre quis tocar rápido. Ter paciência com o metrônomo era desgastante para mim. Repetir as mesmas frases por mais de 1 hora também.

    As técnicas de guitarra e violão requerem muito treino e empenho. 

    Portanto, se você for o tipo de pessoa sem resistência para treinos árduos e repetitivos, você vai precisar treinar primeiro sua paciência…

    6. Saiba a hora de dar uma pausa

    Assim como devemos persistir e treinar bastante, devemos saber a hora de parar.

    Tem dia que nada sai e insistir no estudo em dias assim é um erro que te leva à frustração.

    Sua mente precisa aprender e não só seus dedos.

    Quando estiver assim, pare. Faça outras coisas e volte para o instrumento no outro dia. 

     

    7. Tenha referências, mas não copie pessoas

    Todo mundo começa a tocar por causa de alguém.

    O primeiro guitarrista que me impressionou foi o John Petrucci, do Dream Theater, no DVD Live at Budokan.

    Fiquei impressionado com a técnica, o timbre, a vibe da banda, os equipamentos.

    Passei a seguir tudo que ele fazia (naquela época sem redes sociais, apenas por revistas e fóruns da internet).

    Logo percebi que eu estava querendo copiá-lo e seria impossível pra mim. Isso também leva à frustração.

    Tenha os grandes guitarristas como referência e inspiração. Pegue o que eles são e o que eles tocam e melhore isso em você.

    Forme-se a partir do exemplo de outros.

     

    8. Feito é melhor que perfeito

    Clichê, mas real.

    Lembra que falei lá em cima sobre estudar 30 minutos?

    Digo isso pois, na realidade da maioria, não existe muito tempo para se dedicar ao estudo.

    Provavelmente você precisa dar conta do trabalho, família, relacionamentos e muitas outras coisas.

    A não ser que você seja um músico profissional, não sobra muito tempo para estar com o instrumento.

    Quando vamos ler a trajetória dos grandes guitarristas, observamos 8-10 horas de estudo diárias…

    E aí? Como vamos encaixar isso numa realidade de vida tão corrida? 

    Simples, não encaixe!

    Ao invés de impor a si mesmo algo que você não consegue fazer, faça o melhor com o tempo que você tem.

    Te afirmo com certeza: 30 minutos ou 1 hora de estudo de verdade, todo dia ou em dias alternados, vão te fazer evoluir bastante. Pode prestar atenção!

     

    9. Tenha um mentor

    Isso é fundamental.

    Digo isso porque passei muito tempo estudando sozinho e só fui aprimorar meu conhecimento e técnica com professores muito tempo após eu ter começado a tocar.

    Não importa o valor, pois não se trata de gastar dinheiro. É investimento.

    Se você tiver condições, faça! Prefira isso ao invés de adquirir mais um pedal que você não precisa.

    Ter um professor te ajuda a organizar o conteúdo; ter acesso a alguém que sabe mais que você para tirar tuas dúvidas é sinônimo de economia de tempo e um meio para encurtar o caminho da tua jornada de estudos.

    Hoje em dia há muitas possibilidades. Principalmente pelo ensino on-line (clique aqui e confira alguns cursos online de violão e guitarra). 

     

    10. Tenha uma banda

    Nada se compara. A prática é o teste de fogo.

    Não adianta apenas tocar no quarto. É um ambiente muito controlado e tranquilo.

    Na sua casa você tem controle de tudo. Volume, dinâmica, timbre, repertório, tempo, etc.

    Sozinho você não entra em conflitos de vontades e preferências com outras pessoas. Não encara o frio na barriga de um palco, por menor que seja.

    Em resumo: em casa você não se arrisca pois não sai da sua zona de conforto.

    Ficar só estudando no quarto ou no seu home studio pode te fazer um ótimo músico, mas a experiência prática de tocar com outros caras, vai te fazer melhor e mais preparado. Isso é certo!

    Experimente fazer isso. Nem que seja só com outro amigo. Você vai ver como seu conhecimento vai aumentar.

     

    Por fim, salve esse texto para ter como referência. Monte uma rotina levando em conta esses princípios e tente aplicá-los à sua realidade, ok?

    Ah, e comente abaixo: no decorrer do seu aprendizado, quais foram os divisores de água? Compartilhe suas dicas com a galera!