Dificilmente começamos a tocar um instrumento pelo apego à teoria musical, concorda? Eu mesmo, quando comecei, nem imaginei que havia tantas coisas para estudar.

Iniciei muito cedo, aos 11 anos de idade. Meu primeiro instrumento foi a bateria e a transição para violão e depois guitarra se deu entre os 14 e 15 anos.

Estou falando isso para justamente introduzir o primeiro ponto à partir da minha própria experiência:

 

1. Saiba que estudar teoria é fundamental!

 

Não cometa o mesmo erro que cometi por anos. Estude. Quanto antes começar, melhor.

Mesmo quando estudava e tocava bateria na igreja, não queria saber muito de teoria musical. Foi meu próprio professor que identificou isso e disse: “Tá bom. Se você não se importa com teoria, vou te ensinar a ser um músico prático…”.

Gostei bastante disso. As aulas passaram a ser apenas tocar, aprender novos ritmos e técnicas. Saindo da bateria para a guitarra foi ainda pior. Tive apenas 6 meses de aula de violão e depois fiquei por conta própria.

Passei a praticar só o que queria e gostava, sendo omisso nos estudos e ficando com várias lacunas de conhecimento na minha formação musical.

Só aos 21 anos que fui ter aulas de guitarra e vi como perdi tempo e quanto estava defasado. Portanto, minha primeira dica é: ESTUDE TEORIA MUSICAL!

2. Pratique estudos rítmicos

Este é um ponto que até guitarristas experientes deixam passar. 

Muitos estudam guitarra com os olhos voltados aos solos e técnicas virtuosas, se esquecendo de como é importante saber tocar no tempo certo, como é fundamental ter precisão de mão direita (ou esquerda caso seja canhoto) e como se encaixar musicalmente nos compassos, pausas e partes.

Estudar ritmos e saber executar diferentes levadas no instrumento é fundamental e parte desse exercício é escutar estilos variados.

3. Sincronize suas mãos

Existem muitos aspectos que eu poderia citar aqui mas dar esse toque a você é de fundamental importância. Ainda por conta da predominância da melodia e dos solos em detrimento do ritmo, nossa mão esquerda (ou mão da escala) geralmente é mais precisa do que a mão da palheta.

A prova disso é quando você precisa executar uma parte mais rápida ou complicada e a mão da escala vai enquanto a mão da palheta não consegue acompanhar.

Estude técnicas para ambas. Não deixe a precisão de sua mão direita ser prejudicada pela falta de prática.

 

4. Domine os intervalos e memorize padrões de escalas

 

Aprender sobre escalas e seus intervalos é algo que você fará o resto da sua vida como músico. Disso dependerá tudo!

Decore os principais intervalos, cada grau, cada acidente.

Memorize também o padrão das escalas mais utilizadas. Maior, menor, pentatônicas maior e menor, a sonoridade dos modos e saiba tocá-las em, ao menos, 3 regiões diferentes pelo braço da guitarra.

Isso vai te ajudar a pensar rápido e improvisar melhor.

 

5. Estude campo harmônico

É a estrutura por trás de tudo. É o que direciona. Sem conhecer a harmonia, não se faz uma boa melodia. Saiba reconhecer os acordes de um campo harmônico. Eles se originam em uma escala e são produzidos a partir da nota fundamental da mesma.

Conhecendo o campo harmônico de uma canção, você passa a se sentir seguro para improvisar, sabendo para onde a música vai caminhar. Comece pelo estudo do campo harmônico maior e aumente o nível conforme sua evolução.

Com essa base de conhecimentos bem feita, você pode começar a pensar em tudo que vem depois. Técnicas, percepção, repertório, prática em grupo, compassos alternativos, etc. Só não deixe de fazer o básico.

Para se aprofundar nos demais estudos fundamentais da guitarra, nossa sugestão é investir no curso de guitarra de melhor avaliação no Brasil: o Guitarra Intensiva, do professor Rodrigo Ferrarezi.

Para saber mais detalhes, clique aqui: