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  • Blues além do óbvio: as dicas de André Christovam para tocar slide na guitarra

    Blues além do óbvio: as dicas de André Christovam para tocar slide na guitarra

    Quem é amante do blues e do rock sabe: o uso do slide (bottleneck) é um dos recursos mais expressivos que existem. A sonoridade obtida por meio da (aparentemente) simples técnica de deslizar o pequeno tubo cilíndrico está registrada em diversos momentos marcantes da música.

    De Robert Johnson a George Harrison, passando por Johhny Winter e Mick Taylor, o slide é peça fundamental para ampliar a sua musicalidade. Se considerarmos o espectro do hard rock setentista, especialmente o trabalho de Jimmy Page no Led Zeppelin, o uso do slide rendeu canções de perfeita união entre o blues e o rock pesado.

    Um dos melhores exemplos que ilustram essa conjunção matadora de gêneros é a clássica “In my time of dying”, do disco Physical Graffiti:  



    No Brasil, a técnica também tem representantes de peso. Um deles é André Christovam, um dos maiores guitarristas de blues do país. Em entrevista à revista Guitar Player, ele contou que o slide foi um diferencial na sua carreira.

    “Através do slide, encontrei uma voz que me permitiu trabalhar com gente como Roberto de Carvalho, Rita Lee, Marcelo Nova e Raul Seixas. O slide foi o meu pedigree de músico de estúdio”, relata. Para quem deseja tocar slide na guitarra, André ensina técnicas simples e úteis para iniciantes.

    André explica, por exemplo, um truque para deixar a sonoridade limpa, sem que o bottleneck fique encostando nos trastes. Ele também mostra exercícios fundamentais para compreender a dinâmica e as sutilezas necessárias para executar a técnica corretamente.
    Confira:

     

    Não esqueça de compartilhar o post com os amigos guitarristas que sempre sonharam em tocar blues! Valeu!

     

  • 8 filmes com cenas antológicas para os amantes da guitarra

    8 filmes com cenas antológicas para os amantes da guitarra

    A conexão histórica entre música e cinema sempre rendeu momentos de inestimável valor sentimental, certo? Para a guitarra, então, foram várias as cenas que o instrumento protagonizou situações antológicas.

    Neste post, procuramos mesclar filmes menos conhecidos ou lembrados das listas do tipo “melhores filmes para guitarristas”. Claro, alguns não poderiam ser deixados de fora, como A Encruzilhada. Mas procuramos evitar algumas cenas batidas, como aquela em que Wayne ( de Quanto mais idiota melhor) testa uma Stratocaster na loja.

    Então, mesclando obras mais e menos notórias, confira nossa seleção de Oito Filmes com Cenas Antológicas para os amantes da Guitarra!

     

    1) Only Lovers Left Alive (Amantes Eternos, 2013)

    Etéreo e poético, esse belíssimo filme do grande Jim Jarmusch revela mais uma vez a paixão do cultuado diretor pela música. Especialmente, pelas guitarras vintage.

    O protagonista da trama, um vampiro músico, passa seus dias trancado no estúdio caseiro e recebe apenas a visita de um amigo que lhe arranja guitarras históricas. Veja a cena em que ele confere preciosidades da Gretsch e da Silvertone:

     

     

    2) Matador de Aluguel (Road House,1989)

    Um dos melhores filmes ruins (?) dos anos 1980, Matador de Aluguel merece entrar para a lista por conta da participação especialíssima de Jeff Healey.

    O guitarrista cego rouba todas as cenas e está perfeito como o bluesman que anima as noites do bar Double Deuce. Abaixo, um compilado de cenas do filme:

     

     

    3) A Encruzilhada (Crossroads, 1986)

    Um hit da Sessão da Tarde, A Encruzilhada pode ser considerado o filme mais importante a envolver o universo da guitarra.

    Como bem pontuou a revista Guitar World, a obra tem tudo: um contexto histórico do Blues (que situou o mito de Robert Johnson para a geração anos 1980); o papel da formação clássica e aquele duelo de guitarra.

    Quem assistiu, sabe que estamos falando da cena em que o personagem de Ralph Macchio enfrenta o diabo, ops, Steve Vai:

     

     

    4) A Todo Volume (It Might Get Loud, 2008)

    O documentário conta com as divagações dos três caras acima a respeito da guitarra, mas os momentos mais memoráveis são cortesia do maestro do Led Zeppelin.

    Como este em que ele ensina como tocar um dos maiores clássicos de Physical Graffiti. É de arrepiar:

     

     

    5) De volta para o futuro (Back to the future, 1985)

    Só pela cena do baile de formatura, em que Marty se empolga no shred para uma plateia de adolescentes dos anos 1950, já valeria a inclusão do filme.

    Ah, e na 3ª parte da trilogia, passada no Velho Oeste, há a participação do ZZ Top!

     

     

    6) Escola de Rock (School of Rock, 2003)

    Esse todo mundo viu e conhece, mas imagina quanta gente não ouviu pela primeira vez “Smoke on the Water” por conta dessa cena?

    Sem dúvida, School of Rock e o aloprado Jack Black continuam entre os principais difusores do Rock e da guitarra no cinema. \m/

     

     

    7) Johnny & June (Walk the line, 2005)

    Os filmes sobre os primórdios do rock – como A Fera do Rock, Ray e La Bamba – sempre renderam cenas antológicas. Mas esta de Johnny & June consegue recriar um momento mágico da criação musical, em que Johnny Cash encontra sua voz como cantor e compositor.

    E a guitarra protagoniza um papel importante na cena, quando o músico da banda solta o lick imortal para o arranjo da clássica “Folsom Prison Blues”:

     

     

    8) Poucas e Boas (Sweet and Lowdown,1999)

    Inspirado na mitologia em torno do lendário violonista de jazz Django Reinhardt, o diretor Woody Allen dirigiu esse ótimo filme estrelado por Sean Penn. No papel de Emmet Ray, “o segundo melhor guitarrista do mundo” – atrás de Django, claro -, Penn está impagável como um músico genial e mulherengo.

    Quem curte jazz não pode perder este filme, praticamente uma declaração de amor de Woody Allen aos violonistas da primeira metade do século 20.

     

    E para você, quais cenas mereceriam entrar na lista? Comente!