Tag: Guitarra Intensiva funciona?

  • Aprenda como usar backing tracks para evoluir na guitarra

    Aprenda como usar backing tracks para evoluir na guitarra

    Sem dúvidas, uma das melhores formas de colocar em prática o estudo de escalas, progressões, improvisos e arranjos é usar backing tracks.

    Na verdade, essa é a melhor saída para quem não tem uma banda pois, se tem algo que amadurece o play de um músico é tocar com outros músicos.

    Mas, afinal:

    1. O que são backing tracks?

    São arquivos em áudio onde se retira a faixa de um determinado instrumento.

    Sim, pode ser qualquer instrumento. Baixo, bateria, sax e até vocal.

    O intuito é que você, músico, possa completar a faixa que está faltando. O objetivo é te colocar num ambiente de banda para praticar.

    Apesar dos backing tracks não substituírem uma banda de verdade, é o mais próximo que podemos chegar de praticar com uma.

    1. Como usar as backing tracks para guitarra?

    Basicamente, temos duas maneiras. Uma old school e outra mais moderna (ou apropriada), por assim dizer:

    A) Usando um aparelho de som separado junto com seu equipamento de guitarra (amplificadores ou afins)

    Fiz isso a vida toda e ainda faço. Seja usando o computador ou um som de pequeno porte, ao qual posso ligar meu celular por meio de um cabo auxiliar.

    O YouTube está repleto de vídeos com ótimas backing tracks. Em todos os tons e estilos musicais variados.

    Há também a possibilidade de baixar muitos arquivos de áudio, já editados para usar com guitarra em vários sites. Basta procurar por ‘baixar backing tracks’ no Google.

    A parte ruim desse modo de prática é que, provavelmente (e falo por experiência própria), você vai incomodar muita gente por conta do barulho e consequentemente, não vai poder tocar à noite.

     

    B) Plugando a guitarra no computador

    Para isso, é necessário ter uma interface de áudio para conectar guitarra e computador.

    Essa é a solução perfeita pois você terá domínio do volume, vantagem de poder usar plug-ins, gravar seu estudo, usar um player dedicado apenas ao backing track, usar fones de ouvido e, por isso, tocar em qualquer horário sem incomodar ninguém.

    Uma alternativa ao uso dos computadores é o uso dos celulares. Temos atualmente uma vasta gama de plug-ins e apps para telefone que podem tranquilamente serem usados, deixando a experiência ainda mais facilitada. 

    O iRig é o mais conhecido deles, mas há muitos outros, inclusive gratuitos, é só pesquisar. No máximo você terá de adquirir um equipamento que aceite o plugue da guitarra e pronto, é só começar.

    Recentemente, o guitarrista Rodrigo Ferrarezi, professor do GUITARRA INTENSIVA (Clique aqui para conhecer) – que aliás oferece mais de 300 backing tracks bônus aos alunos – gravou um vídeo resumindo as dicas acima e explicou como pesquisar suas backing tracks conforme suas preferências (por banda, tonalidade, etc). Confira:

     

    1. E os benefícios das backing tracks?

    São muitos!

    Desenvolver seu improviso, aperfeiçoar ritmo e precisão, melhorar técnicas e saber como é usá-las no contexto coletivo, ou seja, de uma banda, ampliar seu repertório, etc.

    Um outro ótimo benefício é poder repetir o quanto quiser, testar até cansar e não ouvir reclamações dos seus parceiros de banda. Esse é um grande trunfo desse tipo de ferramenta.

    Você pode tocar até estar seguro, sem se importar com os integrantes da sua banda. Já fiz muito isso!

    Uma boa dica é começar com músicas simples e melodias mais fáceis. Aprenda a se encaixar no contexto das canções. Saiba a hora de tocar os acordes e a hora de tocar riffs e solos.

    Em resumo: praticar com backing tracks só vai te fazer um músico melhor. Tenha isso como um costume semanal. Com pouco tempo você verá o quanto evoluiu.

    Conta aí: você já faz uso desse recurso? Quais os seus sites preferidos de backing tracks?

     

  • 10 lições que eu aprendi em 18 anos estudando guitarra – e que serão úteis para acelerar o seu aprendizado

    10 lições que eu aprendi em 18 anos estudando guitarra – e que serão úteis para acelerar o seu aprendizado

    N. do e.: Estamos estreando um novo redator no Aprenda Violão e Guitarra: Pedro Vasconcelos, guitarrista de Recife e integrante da pesadíssima banda Pródigo. Ele também escreve no Guitarlogia e tem muito a compartilhar da sua experiência de quase duas décadas tocando guitarra. Ah, ele ilustra a foto principal deste artigo. Seja bem-vindo, Pedro! 

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    Com o passar do tempo e com a experiência, acumulamos muitos aprendizados úteis para o instinto e para as escolhas do que fazer e o que deve ser evitado.

    Entre erros e acertos, eu consegui elencar 10 dicas que considero fundamentais para quem busca se aprimorar na guitarra/violão.

    Essas são orientações que eu gostaria de ter recebido quando comecei a tocar e que certamente teriam facilitado muito a minha vida e a minha caminhada musical!

     

    Segue a lista:

    1. Tenha um objetivo por vez

    Tenha em mente que aprender algo novo, por si só, já é uma tarefa desafiadora.

    Não tente abordar vários temas de uma vez.

    Precisa aprimorar sua velocidade? Programe-se para estudar isso por um período. Improviso? Faça o mesmo.

    Se apegue a um assunto e estude-o do começo ao fim. Sempre levando em conta a sua necessidade prática.

     

    2. Economize tempo

    Quando for estudar, mesmo que seja apenas por 30 minutos, desligue tudo que possa te fazer perder o foco.

    Se for usar computador ou celular no seu estudo, use-os apenas para o estudo.

    Temos a tendência de nos perder com redes sociais e conversas paralelas. Cuide para que isso não aconteça e faça dos 30 minutos que você possui os melhores possíveis.

     

    3. Grave o que você toca

    É estranho no começo. Principalmente porque seus erros vão pular da tela.

    Se gravar tocando é um ótimo exercício de autocrítica.

    Sabe aquela música que você está a um tempo tentando aprender? Sempre que for tocá-la, pegue seu celular e grave. De preferência, em vídeo.

    Quando você acertar os pontos e fazer correções, vai ver como fazer isso te ajuda a evoluir nos detalhes.

     

    4. Tenha um local de estudo

    Isso parece bobagem, mas não é.

    Muitas vezes a gente deixa de estudar por pura preguiça de arrumar nosso equipamento.

    Quando comecei a tocar, um amigo mais velho me disse para ter um canto de estudo já montado, onde eu ponha o cabo na guitarra e ligue o interruptor do amplificador e pronto.

    Fiz exatamente isso. Quando pensava em estudar, já estava com a guitarra na mão.

    É só uma questão de tornar mais fácil e viável sua trajetória.

     

    5. Se esforce até conseguir

    Guitarra e violão são instrumentos incríveis, mas por vezes precisamos enfrentar barreiras que dependem de muito treino, repetição e insistência.

    Lembro que sempre quis tocar rápido. Ter paciência com o metrônomo era desgastante para mim. Repetir as mesmas frases por mais de 1 hora também.

    As técnicas de guitarra e violão requerem muito treino e empenho. 

    Portanto, se você for o tipo de pessoa sem resistência para treinos árduos e repetitivos, você vai precisar treinar primeiro sua paciência…

    6. Saiba a hora de dar uma pausa

    Assim como devemos persistir e treinar bastante, devemos saber a hora de parar.

    Tem dia que nada sai e insistir no estudo em dias assim é um erro que te leva à frustração.

    Sua mente precisa aprender e não só seus dedos.

    Quando estiver assim, pare. Faça outras coisas e volte para o instrumento no outro dia. 

     

    7. Tenha referências, mas não copie pessoas

    Todo mundo começa a tocar por causa de alguém.

    O primeiro guitarrista que me impressionou foi o John Petrucci, do Dream Theater, no DVD Live at Budokan.

    Fiquei impressionado com a técnica, o timbre, a vibe da banda, os equipamentos.

    Passei a seguir tudo que ele fazia (naquela época sem redes sociais, apenas por revistas e fóruns da internet).

    Logo percebi que eu estava querendo copiá-lo e seria impossível pra mim. Isso também leva à frustração.

    Tenha os grandes guitarristas como referência e inspiração. Pegue o que eles são e o que eles tocam e melhore isso em você.

    Forme-se a partir do exemplo de outros.

     

    8. Feito é melhor que perfeito

    Clichê, mas real.

    Lembra que falei lá em cima sobre estudar 30 minutos?

    Digo isso pois, na realidade da maioria, não existe muito tempo para se dedicar ao estudo.

    Provavelmente você precisa dar conta do trabalho, família, relacionamentos e muitas outras coisas.

    A não ser que você seja um músico profissional, não sobra muito tempo para estar com o instrumento.

    Quando vamos ler a trajetória dos grandes guitarristas, observamos 8-10 horas de estudo diárias…

    E aí? Como vamos encaixar isso numa realidade de vida tão corrida? 

    Simples, não encaixe!

    Ao invés de impor a si mesmo algo que você não consegue fazer, faça o melhor com o tempo que você tem.

    Te afirmo com certeza: 30 minutos ou 1 hora de estudo de verdade, todo dia ou em dias alternados, vão te fazer evoluir bastante. Pode prestar atenção!

     

    9. Tenha um mentor

    Isso é fundamental.

    Digo isso porque passei muito tempo estudando sozinho e só fui aprimorar meu conhecimento e técnica com professores muito tempo após eu ter começado a tocar.

    Não importa o valor, pois não se trata de gastar dinheiro. É investimento.

    Se você tiver condições, faça! Prefira isso ao invés de adquirir mais um pedal que você não precisa.

    Ter um professor te ajuda a organizar o conteúdo; ter acesso a alguém que sabe mais que você para tirar tuas dúvidas é sinônimo de economia de tempo e um meio para encurtar o caminho da tua jornada de estudos.

    Hoje em dia há muitas possibilidades. Principalmente pelo ensino on-line (clique aqui e confira alguns cursos online de violão e guitarra). 

     

    10. Tenha uma banda

    Nada se compara. A prática é o teste de fogo.

    Não adianta apenas tocar no quarto. É um ambiente muito controlado e tranquilo.

    Na sua casa você tem controle de tudo. Volume, dinâmica, timbre, repertório, tempo, etc.

    Sozinho você não entra em conflitos de vontades e preferências com outras pessoas. Não encara o frio na barriga de um palco, por menor que seja.

    Em resumo: em casa você não se arrisca pois não sai da sua zona de conforto.

    Ficar só estudando no quarto ou no seu home studio pode te fazer um ótimo músico, mas a experiência prática de tocar com outros caras, vai te fazer melhor e mais preparado. Isso é certo!

    Experimente fazer isso. Nem que seja só com outro amigo. Você vai ver como seu conhecimento vai aumentar.

     

    Por fim, salve esse texto para ter como referência. Monte uma rotina levando em conta esses princípios e tente aplicá-los à sua realidade, ok?

    Ah, e comente abaixo: no decorrer do seu aprendizado, quais foram os divisores de água? Compartilhe suas dicas com a galera!

     

  • Entrevista Rodrigo Ferrarezi: “Você não precisa fazer faculdade de música para ser um grande músico”

    Entrevista Rodrigo Ferrarezi: “Você não precisa fazer faculdade de música para ser um grande músico”

    Se você acessa o Aprenda Violão e Guitarra há pouco tempo, talvez não saiba que também temos um grupo homônimo no Facebook (para participar, clique aqui).
    São mais de 3.500 membros que trocam ideias sobre o universo das seis cordas e compartilham experiências sobre o aprendizado do violão e da guitarra.

    Inclusive, o grupo foi selecionado pelo próprio Facebook para participar da campanha Juntos Somos Mais.

    Iniciada em outubro de 2019, a ação publicitária se estendeu até fevereiro deste ano, com o objetivo de divulgar as funcionalidades e possibilidades oferecidas pelos grupos do Facebook.

    Confira o vídeo em que o grupo Aprenda Violão e Guitarra é citado:

    E o que isso tem a ver com o Rodrigo Ferrarezi? Pois bem: recentemente, criamos no grupo a seção “Seis Cordas em Pauta”, em que conhecemos um pouco mais sobre os integrantes e sua história com o instrumento.
    Há alguns dias, tivemos a participação do membro do grupo que também é um dos principais professores de guitarra do país: Rodrigo Ferrarezi, que comanda há 3 anos o conhecidíssimo curso Guitarra Intensiva, o mais vendido do Brasil no nicho de aulas de guitarra.

    A entrevista ficou tão legal que resolvemos divulgá-la no blog. No bate papo, Ferrarezi relatou a sua trajetória e incluiu fatos curiosos que ele não conta nem em seu canal no YouTube. Você sabia, por exemplo, que o virtuoso músico já foi da cena de emo/hardcore de São Paulo?
    Ele também revela um pouco do setup que usa atualmente e explica a importância de aprender outros conhecimentos para ser um músico de sucesso, entre outros pontos.
    Confira a íntegra da entrevista abaixo.
    Obrigado, Rodrigo!
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    1) Primeiramente, conte-nos um pouco sobre você – onde mora, profissão, como começou, há quanto tempo toca e principais influências.

    Sou Rodrigo Ferrarezi, guitarrista do Ministério Rochedo de Israel, professor de música desde 2005. Comecei a tocar aos 11 anos.

    Iniciei pelo violão e no mesmo ano passei para a guitarra. Me desenvolvi rápido, tinha uma certa facilidade em comparação aos demais da turma lá na paróquia.

    O professor sempre falava isso aos meus pais, que ficavam cheios de orgulho (kkkk)

    Com uns 13 anos comecei a querer me profissionalizar, já tocava em banda de rock autoral e fazia shows em meio à febre de emo e hardcore que imperavam no underground de São Paulo.
    Nessa época eu peguei firme nos estudos e já não estudava mais violão na paróquia, mas sim guitarra elétrica na EM&T (IG&T). Aos poucos fui dando as primeiras aulas para o pessoal da paróquia e me desenvolvendo cada vez mais e ganhando um trocado conforme podia…
    Muita coisa aconteceu: fiz faculdade de Produção Musical na Anhembi Morumbi, mas acabei não me formando por questões financeiras. Depois consegui me formar em Licenciatura em Música pela Faculdade Paulista de Artes. Foi aí que larguei o meu emprego e decidi entrar na música de cabeça e não só como uma renda-extra.

    Já dei aula em várias escolas de música de São Paulo, cidade onde eu moro, e a partir daí vivi a música 24 horas por dia. Era o que eu sempre sonhei, porém descobri que a grana era pouca!

    Por isso, desde 2015 comecei a estudar formas de fazer o meu método ser conhecido no Brasil inteiro através de um curso online.

    Consegui, após muito estudo de marketing digital, implementar o negócio e em 2016 lancei o meu primeiro e-book, chamado “Como solar na Guitarra”.

    Depois ele se transformou no curso homônimo até nascer, em 2017, o Guitarra Intensiva, juntamente com o Desafio de 21 Dias na Guitarra. Resumidamente, tudo virou o Guitarra Intensiva que vocês conhecem hoje, popularmente chamado de “G.I” entre os guitarristas brasileiros.

    As minhas influências principais são de guitarristas brasileiros que eu vi tocar ao vivo, como Edu Ardanuy, Pepeu Gomes, Edgard Scandurra, Kiko Loureiro, Juninho Afram, e guitarristas de fora como Jimi Hendrix, Eddie Van Halen, Jeff Beck, Robert Cray, Eric Johnson, Joe Satriani, George Benson…

    São tantos, que certamente estou deixando vários de fora, mas esses são alguns que vêm em mente agora.

    2) Se você estivesse começando a tocar hoje, qual conselho você daria a si mesmo?

    Você não precisa fazer uma faculdade de música para ser um grande músico.

    Não basta ser um grande músico para ser bem sucedido, precisa saber se posicionar, jogar o jogo dos grandes e ser um músico empreendedor, que entende de marketing e tem autonomia sobre a sua carreira.

    Resumindo: De 100%, estude 50% guitarra e divida os outros 50% em marketing, empreendedorismo, finanças e espiritualidade.

    3) Violão ou Guitarra?

    Guitarra!

    4) Fale um pouco dos seus instrumentos; possui mais de um? Usa alguns para fins específicos (treinar, tocar no palco, etc)?

    Tenho atualmente duas guitarras. Uma Tagima 635 modificada, meu xodó… Desde 2001 a tenho, ganhei dos meus pais e fui modificando aos poucos. Ela é daquela época em que a Tagima foi processada pela Fender, saca, então é uma guitarra muito boa e resistente.

    Já aguentou muita paulada e está firme e forte aqui comigo. Quem a escalopou foi o grande luthier Tiguez, aqui de São Paulo. Ele fez um excelente trabalho e o braço ficou inteiro escalopado, levemente, porém o necessário para os meus bends não escaparem.

    Os captadores são da marca Malagoli, na ponte um HB Hot e no braço um Traditional HB, o do meio também é Malagoli mas nem lembro qual, pouco uso o do meio, a não ser às vezes, combinado com o da ponte ou do braço em situações específicas, nesse caso sempre no clean.

    As duas strato de Ferrarezi, da Tagima e da Fender

    A ponte eu troquei de fixa para flutuante da marca Gotoh. Me atende bem e supre as minhas necessidades de usar a alavanca, recurso que curto bastante!

    A Fender é o meu mais novo xodó: uma Fender Mexicana, presente do meu grande amigo e parceiro de Ministério Fabiano Melo. É uma guitarra 100% original, tem timbres excelentes, tanto de drive, quanto no clean.

    Estou usando uma pedaleira GT-100 atualmente e um amplificador Borne Evidence 200. Palhetas sempre jazz III da vermelha. Basicamente é esse o meu setup!

    5)Por fim, fique à vontade para divulgar seus trabalhos autorais, site e afins🙂

    Para quem quiser conhecer mais sobre o meu trabalho é só entrar nas minhas redes sociais, no meu canal do youtube, instagram.com/rodrigoferrarezi.
    E, para quem é guitarrista, basta clicar AQUI e fazer parte do nosso time de milhares de guitarristas do G.I.
    Um grande abraço e obrigado galera do Aprenda Violão e Guitarra, é muito massa o trabalho de vocês, parabéns por contribuir com o nosso cenário, tamo junto sempre!

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    Valeu, Rodrigo! Nós que agradecemos.
    Foi uma honra contar com a participação deste músico que tem impactado tantas vidas e elevado o ensino da guitarra no país. 
    Curtiu a entrevista? Acho que faltou abordar outras questões?
    Comente abaixo! 🙂