A escala pentatônica é uma das escalas mais amplamente reconhecidas e usadas de todos os tempos. Você pode ouvi-la em todos os tipos de gêneros musicais, desde clássicos, pop, jazz e até heavy metal.
Neste post, veremos como criar uma escala pentatônica e algumas das razões pelas quais ela tem sido tão popular ao longo da história.
Afinal: o que é uma escala pentatônica?
Uma escala pentatônica é um tipo de escala musical que usa apenas cinco notas em uma oitava. O nome pentatônico vem do palavra grega ‘pente’, que significa cinco e é onde encontramos palavras como pentágono e pentâmetro.
A escala pentatônica é amplamente usada em muitos gêneros musicais diferentes.
É uma das escalas mais fáceis de tocar e, muitas vezes, soa bem com as notas tocadas em qualquer ordem, pois não há intervalos semitom (meio passo) que podem causar dissonância. Por esse motivo, é muito comum improvisar e solos de guitarra.
História da escala pentatônica
As escalas pentatônicas são uma das escalas mais antigas conhecidas no mundo. Arqueólogos desenterraram flautas antigas esculpidas em ossos de pássaros, muitas delas afinadas à escala pentatônica. Pensa-se que algumas dessas flautas tenham entre 40.000 e 60.000 anos!
Tipos de escala pentatônica
Existem vários tipos diferentes de escalas pentatônicas, mas as duas mais comuns são:
A escala pentatônica maior
A escala pentatônica menor
Agora, vamos dar uma olhada em quais notas compõem essas duas escalas:
Escala pentatônica maior
A escala pentatônica maior é composta por cinco notas, os 1º, 2º, 3º, 5º e 6º graus da escala maior. Na tonalidade de C, seriam: C, D, E, G e A.
Como você pode ver acima, é muito semelhante à escala C maior, mas não contém o 4º ou 7º grau. Essas são as duas notas que estão semitom (meio passo) de uma das outras notas da escala.
Confira este vídeo de Bobby McFerrin demonstrando que, sem nenhum conhecimento prévio, dadas apenas as duas primeiras notas da escala pentatônica, o público saberá qual nota cantar a seguir.
É um fenômeno natural. (OBS: O vídeo conta com legendas em português)
Escala pentatônica menor
O outro tipo é a escala pentatônica menor, composta pelos 1º, 3º, 4º, 5º e 7º graus da escala menor natural. Na tonalidade de A, seriam A, C, D, E e G.
Como você pode ver, ela é muito semelhante à escala menor natural, mas não contém os 2º e 6º graus da escala. Assim como na pentatônica maior, essas são as duas notas que estão a um semitom (meio passo) de distância de uma das outras notas da escala.
Conclusão
Se você está apenas começando a aprender música, a escala pentatônica é uma das primeiras escalas que você deve aprender.
Ele abrirá muitas portas para você tocar centenas de músicas e permitir que você comece a improvisar e fazer sua própria música.
Para se inteirar de mais aspectos da Pentatônica, confira abaixo aula gratuita do professor Heitor Castro, criador do Curso de Violão Método Tríade (conheça aqui).
No vídeo, Heitor explica – na prática – não só todos os shapes da pentatônica, mas a lógica para que você não precise memorizar o desenho. Trata-se de um conhecimento fundamental para você conseguir montar todos eles.
Curtiu as dicas do Heitor Castro? Dificilmente alguém explica a Pentatônica dessa maneira, concorda?
Na vida de todo guitarrista, chega um momento que é inevitável: o de desenvolver as habilidades adequadas para se sentir confortável ao solar.
A arte de solar na guitarra consiste na combinação de teoria e técnica, mas com uma base sólida nessas áreas e disposição, você pode chegar onde deseja como guitarrista solo.
Aqui estão algumas dicas para ajudá-lo em sua jornada ao território dos solos de guitarra:
1) Fique confortável com o braço
Saber onde está cada nota no braço será muito útil quando for a hora de executar aquele solo de guitarra matador. E isso não se aplica apenas às notas.
Aprenda também a tocar acordes em diferentes posições ao longo do braço da guitarra.
Os acordes podem ajudá-lo a memorizar o posicionamento das notas. Ao chegar lá, você pode tocar as notas individuais dos acordes (também conhecidas como arpejos) para adicionar ainda mais cor ao solo.
2) Conheça as escalas
As escalas são necessárias para se tornar um guitarrista solo, mesmo que não sejam o assunto mais emocionante.
As escalas de guitarra são sequências organizadas de notas tocadas em ordem crescente ou decrescente que ajudam a aumentar a força e a destreza dos dedos.
De maneira mais aprofundada, pode-se dizer que a escala pentatônica é uma escala popular de cinco notas que você precisa dominar para criar riffs, solos e melodias, especialmente para rock e blues.
Algumas boas escalas pentatônicas para desenvolver solos típicos de rock são a escala pentatônica menor A (você pode ouvi-la em “Stairway to Heaven” do Led Zeppelin) ou a escala pentatônica menor E (ouça em “Back in Black” do AC/DC).
Confira esta aula do Ozielzinho, o virtuoso guitarrista criador do cursoGuitarra Rock Academy (conheça aqui), em que ele mostra os cinco shapes da pentatônica e sua aplicação para a criação de licks:
Viu só como a escala pentatônica pode ser empoderadora? Além de remeter a padrões conhecidos do rock e blues, ela oferece ao iniciante na guitarra solo uma boa maneira de aprender a improvisar.
Além disso, a pentatônica também pode ser útil para treinar algumas técnicas de ligado, como hammer ons e pull offs (se você não conhece essas técnicas, confira este post).
3) Estude seus heróis
Mergulhar profundamente nas discografias dos seus artistas favoritos é uma maneira infalível de melhorar sua técnica na guitarra solo.
Afinal, é divertido aprender a tocar os solos que o inspiraram ao longo dos anos. Sobretudo, tocar algo que você admira e aprecia tem uma familiaridade embutida.
No Aprenda Violão e Guitarra, já escrevemos posts compilando aulas de licks inpirados em mestres da guitarra. Leia este post em que o músico Gil Vasconcelos, do Curso Completo de Técnicas de Guitarra, ensina truques de Tony Iommi, Santana, Jimmy Page e outros gênios das seis cordas.
São exercícios fundamentais para você se familiarizar com o estilo de diferentes ícones da guitarra.
4) Lembre-se da melodia e do ritmo
Uma grande vantagem pode estar escondida à vista (ou som) do vocal da faixa.
Um bom exemplo disso pode ser visto neste vídeo em que Rodrigo Ferrarezi, professor do Guitarra Intensiva(conheça o curso aqui), toca o clássico hit “Anunciação”, de Alceu Valença.
Ele utiliza justamente a melodia vocal para executar variações do solo de guitarra. Confira:
Portanto, não deixe de aprender a melodia de cada música. Pense no que o vocalista está cantando. No rock, muitas vezes os vocalistas estão cantando três notas da escala pentatônica. Então, pode ser que a melodia do solo já está sugerida na própria música.
Não se esqueça também de prestar atenção no baterista, pois ele pode fornecer um metrônomo “ao vivo” para o seu desempenho. Entenda que não se trata de quantas notas você toca. Afinal, elas precisa fazer sentido ritmicamente.
Isso faz diferença em solos de guitarra memoráveis, que invariavelmente possuem senso rítmico.
5) Pense fora da caixa
Se você realmente quiser se colocar à prova com a guitarra, tente adicionar sabor a algo tradicionalmente considerado comum, fácil ou monótono.
Pergunte a si mesmo se você pode tocar a melodia de “Jingle Bells” ou “Feliz Aniversário” e fazer com que pareçam diferentes e legais. Você pode se surpreender com o resultado.
Concluindo: pegue algo clichê e desafie-se a transformá-lo em algo que você gostaria de ouvir. Alguns bends ou hammer ons certamente deixariam “Feliz Aniversário” menos sem graça, concorda?
Se você é iniciante total ou deseja cursos para objetivos mais específicos, seja aprender guitarra Metal, Blues, Modos Gregos ou Violão, acesse este post e veja a indicação dos melhores treinamentos divididos em várias categorias.
Tem mais alguma dica para o solista iniciante? Comente abaixo e compartilhe o post com os amigos 🙂
Em 2015, o cenário do metal brasileiro foi marcado por um acontecimento que reforçou a excelência dos guitarristas nacionais. Naquele ano, Kiko Loureiro, um dos guitarristas fundadores do Angra, anunciou que deixaria a banda para juntar-se ao Megadeth de Dave Mustaine.
A decisão de Kiko foi mais que compreensível, claro. Afinal, não é todo dia que se é convidado para integrar uma das quatro maiores bandas de thrash metal do planeta.
A formação do Megadeth com um brasileiro nas seis cordas entrou imediatamente para a timeline dos grandes marcos da história do metal brasileiro.
No ano seguinte, em 2016, o álbum Dystopia comprovaria a aposta acertada de Mustaine: ao lado de Kiko, o líder do Megadeth gravou um dos discos mais vigorosos de sua carreira.
Após a saída de Loureiro, o Angra não tardou em anunciar seu novo guitarrista. Em setembro de 2015, durante a apresentação da banda no Rock in Rio, o brasiliense Marcelo Barbosa foi apresentado como o substituto de Kiko.
Conhecido por seu trabalho na banda Almah, Barbosa era desconhecido do grande público, mas já havia sido notícia por ter quase entrado no Guns.
Por sua vez, em Brasília e no circuito dos guitarristas virtuoses, Barbosa já era renomado e considerado um dos grandes instrumentistas contemporâneos do Brasil. Talvez muita gente não sabe, mas ele também é professor de música há 20 anos e proprietário do GTR Instituto de Música, uma das maiores escolas de guitarra da América Latina com três unidades no Brasil e que já formou mais de quatro mil alunos.
Sua experiência foi fundamental para revitalizar o Angra, que atualmente colhe os frutos da boa repercussão de Ømni, disco lançado em fevereiro de 2018 e o primeiro a contar com o nome de Marcelo Barbosa nos créditos.
O álbum foi tão recebido que logo alcançou o topo das vendas no iTunes e emplacou seis músicas na playlist “As 50 virais do Brasil”, do Spotify.
Em resumo: o Megadeth e o Angra só tiveram a ganhar com as mudanças de formação entre as duas bandas.
Em contrapartida, com o Angra no topo das paradas e sendo descoberto por novas gerações, a faceta “professor de guitarra” de Marcelo Barbosa consequentemente ganhou mais evidência.
Em 2018, ele lançou o curso online MB Guitar Academy, que rapidamente tornou-se referência no país.
Recentemente, Barbosa lançou um ebook imperdível tanto para quem está iniciando seus estudos como para quem já é mais avançado.
Trata-se do guia Como Estudar Guitarra, criado para te ajudar a organizar uma rotina de estudos consistente. No decorrer deste ebook, Marcelo Barbosa aborda assuntos importantes para o desenvolvimento no instrumento, tanto na parte teórica quanto prática, dicas de como estudar, algumas ferramentas e apps para auxiliar no estudo, etc.
O material elucida pontos cruciais para o estudo da guitarra e responde questões frequentemente levantadas quando o assunto é aprender guitarra, tais como:
Ah, e recentemente Marcelo Barbosa liberou uma aula do MB Guitar Academy, do módulo de Modos Gregos que explica a sonoridade e uso da Pentatônica m6.
É uma ótima maneira de conhecer a didática do guitarrista do Angra. Confira:
Outras dicas de Marcelo Barbosa para deixar a sua rotina de estudos mais eficaz:
1) 5 minutos de prática é melhor que nenhuma prática.
2) Tenha uma programação de estudos clara para que você não perca tempo decidindo o que vai estudar.
3) Se você vai estudar por mais de uma hora, faça pequenas pausas de hora em hora. Coisa de 5 minutos ou menos. Levante, vá ao banheiro, beba um pouco de água, alongue-se. Nosso cérebro tem a capacidade de ficar realmente concentrado em algo bem pequena. As pausas nos ajudam a voltar mais focados e com isso obter maiores resultados.
4) Atenção para a sua postura. Não queremos ninguém com um problema na coluna por horas de prática com a guitarra no colo ou pendurada no ombro, não é mesmo?
5) Nunca negligencie precisão por velocidade.
6) Em termos de técnica, a maior velocidade que você conseguirá atingir é definida pelo trecho do lick/exercício/solo que você mais tem dificuldade. Isole esse trecho e treine-o separadamente.
E aí, curtiu as dicas e o ebook do criador do MB Guitar Academy? Também concorda que as trajetórias do Angra e do Megadeth alçaram novos voos com Barbosa e Loureiro? Comente abaixo e compartilhe o post com os seus amigos!
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